“Pagar 0,4% de IMI ainda é uma exorbitância”
Excerto da entrevista a Eduardo Catroga, o último ministro das Finanças dos Governos de Cavaco Silva.
“Por exemplo, para as famílias: o Governo já definiu algumas reduções do IMI, o Imposto Municipal sobre Imóveis . E também já definiu alguns alargamentos do período de isenção do pagamento do IMI por parte das famílias. Muita gente que comprou casa está agora confrontada com o aumento das taxas de juro porque não fez bem a devida conta ou não foi bem informada, ou não fez bem as contas de uma simulação da evolução das suas despesas no médio a longo prazo - muitas vezes os portugueses só raciocinam no curto prazo. Ora por exemplo em relação a estas famílias, para além da redução que foi feita em que a taxa máxima de IMI passou para 0,4 em relação aos prédios com valores já actualizados e para 0,7 para os valores antigos, sobretudo para os valores actualizados, que são todas as casas adquiridas nos últimos 15 a 20 anos, 0,4 ainda é uma exorbitância. Por exemplo, a Câmara Municipal de Lisboa está a aplicar 0,4, como estão outras câmaras do País. E daí as receitas das autarquias locais terem crescido à taxa de 20% ou mais, ora isto é um escândalo! Em períodos de dificuldades são recursos que são absorvidos pelas administrações públicas em prejuízo das famílias e das empresas. Sou partidário de que o IMI, sobre valores actualizados, não devia exceder 0,2% do valor.”
João Marcelino (DN) e Paulo Baldaia (TSF) - 05.10.08
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